Cruz Vermelha Brasileira quer aumentar o número de voluntários

25/09/2006 - 16h22

Adriana Brendler
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Cruz Vermelha Brasileira quer aumentar o número devoluntários para melhorar o atendimento humanitário prestado no país. De acordocom o secretário-geral da instituição, José Maria Fonseca, os cerca de 10 milvoluntários trabalhando nas 53 filiais estaduais e municipais da Cruz Vermelhaé insuficiente, já que todo o trabalho da organização é baseado novoluntariado. “É muito pouco, a extensão do nosso território exigiria quetivéssemos muito mais, um número satisfatório seria 30 mil”, avaliou Fonseca.Para ajudar a triplicar o número de voluntários, a instituição pretendeaumentar em 50% as filiais nos municípios brasileiros até 2008.Fonseca participa no Rio de Janeiro de um seminário quereúne de hoje (25) até sexta-feira (29) delegações das 10 sociedades nacionaisda Cruz Vermelha na América Latina. O objetivo é identificar tendências devulnerabilidades no continente e trocar experiências para definir iniciativascoordenadas a serem realizadas nos próximos dois anos, em vários setores comosaúde, educação, na resposta a desastres e comunicação.Segundo o presidente da Cruz Vermelha Brasileira, LuizFernando Hernandéz, o encontro vai permitir “o estudo de alianças operacionaisque possibilitarão o desenvolvimento da instituição e o seu trabalho em favor daspessoas mais vulneráveis”.Para o presidente do Comitê Regional Interamericano da CruzVermelha, Abel Peña Lillo, a maior dificuldade da ajuda humanitária na AméricaLatina é a falta de apoio dos governos. “O Estado em nossos paíseshabitualmente ajuda muito pouco as sociedades nacionais da Cruz Vermelha, eassim nossa capacidade de trabalho fica reduzida”, reclamou Lillo.Segundo ele, essa situação faz com que seja preciso recorrera recursos próprios ou a instâncias internacionais como a Federação Internacionalde Sociedades da Cruz Vermelha e da Crescente Vermelho (nome que a CruzVermelha tem nos países islâmicos), que recebe ajuda principalmente de paísesdesenvolvidos.“Sabemos o que temos que fazer, onde fazer, mas o dinheirotem sido uma limitação importante”, disse.Hoje, a Cruz Vermelha conta com cerca de 1 milhão devoluntários distribuídos em 183 sociedades nacionais em todo o mundo.Com informações da Assessoria de Imprensa da Cruz VermelhaBrasileira.