Educação de pessoas com deficiência deve ser inclusiva, diz presidente do Conade

21/09/2006 - 16h07

Irene Lôbo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência (Conade), Alexandre Baroni, defendeu hoje (21) que a educação dessa parcela da população deve ser inclusiva.“Ou seja, todas as crianças e todas as pessoas têm que estar no mesmo ambiente. E a escola, obviamente, também é um ponto da inclusão social”, acrescentou, durante a 48º reunião ordinária da entidade.A análise da Cartilha sobre Educação de Pessoas com Deficiência, lançada há dois anos pela da Procuradoria da República, foi a questão central discutida na plenária desta quinta-feira. O documento afirma que todas as crianças entre sete e 14 anos devem estar na escola, independentemente de terem ou não alguma deficiência. Mas não deixa claro qual o lugar certo para as crianças portadoras de necessidades especiais.De acordo com Baroni, em momento algum a cartilha terá força de lei, será somente um instrumento informativo. “Ela diz, na verdade, o que a educação pretende fazer com a educação inclusiva. Então fica muito claro para o Conade que ela não terá, em nenhum momento, essa força de lei ou de obrigatoriedade”.Representantes da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), do Ministério da Educação, e dos movimentos Pestalozzi, dos Portadores de Síndrome de Down, dos Portadores de Autismo, dos Portadores de Deficiência Visual, dentre outros, discutiram se as pessoas que têm algum tipo de deficiência devem estar ou não em escolas especiais.