Rio de Janeiro começa projeto para importação de gás liquefeito

09/09/2006 - 11h26

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Rio de Janeiro começa a implementar o projeto que prevêa importação de gás natural liquefeito (GNL) pelo Brasil. O projeto,desenvolvido pela Petrobras, tem a parceria com o governo fluminense.O investimento estimado chega a US$ 1 bilhão e as plantas darãosuporte não só ao mercado industrial mas, principalmente, às termelétricas. Aexpectativa é de que entre em funcionamento em 2008 ou 2009.“Vamos priorizar o licenciamento ambiental e instalar umaplanta de regaseificação de GNL na Baía de Guanabara, que vai importar cerca de14 milhões de metros cúbicos por dia”, disse o secretário de Energia, IndústriaNaval e Petróleo do Rio de Janeiro, Wagner Victer.O GNL é o gás natural que, após passar por um processo depurificação, é condensado ao estado líquido por meio da redução de temperatura.Para que o gás possa ser transportado em navios, caminhões ou trens, ele temque ser liquefeito. Após a importação, precisa ser regaseificado, ou seja, voltarao estado gasoso para ser transportado pelos dutos e chegar ao consumo.Segundo a Petrobras, o projeto envolve a construção deduas unidades de regaseificação, uma na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, eoutra no Porto de Pecém, no Ceará. O processo de licenciamento ambiental da unidadedo Rio já teve início. A planta ficará próxima aos terminais de Ilha D’Água eIlha Redonda.As unidades vão funcionar como uma espécie de reserva, umavez que o GNL é complementar à produção de gás natural no país e, também, àimportação de gás da Bolívia. De acordo com Victer, há uma grande oferta de gásimportado no Rio. Soma-se a isso a oferta da Bacia de Campos e, futuramente, daBacia de Santos.Victer destacou que o gás que será produzido noEspírito Santo vai ser escoado para São Paulo, passando pelo Rio de Janeiro.“Do ponto de vista da logística de oferta, o Rio ficará cada vez mais situadocomo o melhor lugar para a oferta de gás natural no Brasil”, avaliou osecretário. Atualmente, o Rio tem 22% da matriz energética de gás naturalfrente aos 7% em nível nacional.