Adriana Brendler
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Cerca de seis mil pessoas assistiram ao desfile cívico-militar do Dia da Independência no Rio de Janeiro, de acordo com as estimativas da Polícia do Exército. Desde as seis horas da manhã integrantes do Exército, Marinha, Aeronáutica Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Guarda Municipal ocuparam a Avenida Presidente Vargas, no centro da cidade, onde foi realizado o desfile. Segundo o Comando Militar do Leste mais de 8200 pessoas entre civis e militares passaram pelo palanque oficial montado em frente ao Palácio Duque de Caxias.O desfile foi aberto às nove e meia da manhã pelo general de Divisão, Ruy Monarca da Silveira, Comandante da 1ª Divisão de Exército, com a participação do Secretário de Segurança Estado do Rio de Janeiro, Roberto Precioso, que representou a governadora do estado Rosinha Matheus. Além dos militares, também participaram da homenagem pelos 184 anos da Independência, alunos de instituições militares, de dois colégios públicos e instituições civis como a Associação Beneficente Rio Criança Cidadã e o Lions Clube.Aviões de combate da aeronáutica sobrevoaram o local e helicópteros da Polícia Militar também passaram lançando pétalas de rosas sobre o público. A arquivista Jeane, de 25 anos, era uma das figuras que chamava atenção na avenida. Usando chapéu e roupas verde, azul e amarelo ela disse que a caracterização é uma tentativa de reforçar a dignidade de cidadã. “É importante prestigiar, porque mesmo que as coisas ainda não estejam prontas e estruturadas, é um passo para essa constituição de dignidade e para alimentar a cidadania.”O taxista Moisés, de 27 anos, e a esposa Roseni, 25, vieram de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, trazendo os quatro filhos para assistir pela primeira vez o desfile – a menor deles, Brenda, tem apenas 5 meses. Para Moisés “é importante que as crianças cresçam se identificando com o país. Apesar dos problemas, cada 7 de setembro desperta nosso espírito de patriotismo”.Dona Inês, de 73 anos, andava com dificuldade entre o público e recebeu atenção especial dos policiais do Exército. Sozinha, ela pegou o trem no bairro de Paciência chegar até o local do desfile. “Eu faço questão de vir, gosto muito de ver tudo isso, só não venho quando chove, disse Inês.”O ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira, Jesus Mendes de Souza participa há 60 anos do desfile, desde que voltou da Segunda Guerra Mundial. “Eu nunca deixo de vir, para mim significa uma grande vitória, é muito importante, principalmente, para transmitir os valores de patriotismo para nossos jovens”.