Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Aindústria do setor têxtil preparou para hoje (5) uma sériede manifestações em todo o Brasil para alertar a sociedade sobre as dificuldades do setor. De acordo com o diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil ede Confecção (Abit), Fernando Pimentel, a Mobilização Nacional do Setor Têxtil e deConfecção tem o apoio de mais de 140 sindicatos, entidades einstituições da área. “Estão previstas manifestações ordeiras,pacíficas e de alerta em várias cidades. Cada entidade e cada sindicatovão fazer a sua manifestação. Alguns vão abraçar a sua fábrica, outrosfarão assembléia, outros farão um comunicado mais amplo”, explicou odiretor da Abit.Segundo Pimentel, a indústria têxtil e deconfecção no Brasil é moderna e competitiva, mas está enfrentandodificuldades “macroeconômicas que podem definir as regras do jogo”. “Asempresas são competentes, têm investido em máquinas e equipamentos etreinamento de mão-de-obra, mas uma série de fatores de produção, quefoge das mãos dos empresários, está reduzindo esse espaço de competição de uma forma que não é correta e nem legítimapara uma indústria que tem se modernizado continuamente”, afirmou.Amobilização nacional pretende colocar em discussão três pontoscentrais: o controle rigoroso das fronteiras do país (para combater asimportações ilegais), a desoneração tributária e o combate à sonegaçãoe à informalidade dos negócios. "Estamos colocando também a forte necessidade de realizarmosacordos internacionais com os grandes blocos compradores” como os daAmérica do Norte e da União Européia., acrescentou o diretor da Abit.De acordo com ele, a indústria têxtil brasileira é a sétima maior do mundo, empregando atualmente 1,6 milhão de pessoas.