Governador paulista diz que não acredita em nova onda de ataques

30/08/2006 - 18h35

Paulo Montoia e Gabriel Corrêa
Da Agência Brasil
São Paulo - O governador Claúdio Lembo disse hoje (30) não acreditar que os ataques ocorridos na noite de ontem e na madrugada de hoje (30), na capital e na grande São Paulo, indiquem o início de uma nova onda de ações da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). As declarações de Lembo referem-se a ataques a duas agências bancárias e uma base da Polícia Militar.Neste ano já houve três ondas de ataques a unidades policiais, prédios públicos, ônibus e agências e postos bancários no estado – de 12 a 19 de maio, de 11 a 17 de julho e dos dias 7 a 9 deste mês. Ao longo do dia, rádios e portais de notícia na internet em São Paulo divulgaram o aparecimento de panfletos assinados pelo PCC que anunciariam ataques amanhã (31), data que seria também a da fundação da organização. Indagado por um jornalista sobre “ter informações de escuta de possíveis ataques amanhã”, Lembo disse: “Não, que possíveis ataques... Não vai haver não". E acrescentou: "Eu não acredito em nada excepcional, mas estamos agindo, estamos com um trabalho muito intenso, particularmente da nossa Polícia Militar”.Lembo também descartou a possibilidade de esses ataques serem conseqüência da transferência de 76 presos do Centro de Readaptação Penitenciária de Presidente Bernardes para a Penitenciária 1 de Avaré, ocorrida ontem. “Acredito que não é causa e efeito, ainda porque os próprios presos tinham interesse em ser transferidos”, para que a penitenciária possa ser reformada, declarou o governador.Hoje, o comando da Polícia Militar no estado divulgou comunicado em que afirma estar preparada para combater o crime. "Não mudem suas rotinas. O que o criminoso quer é intimidar a população”, diz o comunicado, que não faz menção ao PCC ou a outra organização. Autoridades do governo federal e estadual estão reunidas no Gabinete de Gestão Integrada de segurança.