Programa da ONU reconhece Porto Alegre como Capital da Solidariedade

12/08/2006 - 11h46

Shirley Prestes
Repórter da Agência Brasil
Porto Alegre - O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) reconheceu Porto Alegre como a Capital da Solidariedade. A informação foi dada pelo representante do Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade, Daniel Tevah. Ontem (11), ao receber a notícia, o prefeito José Fogaça disse que a distinção, junto com o título de “capital da democracia participativa”, que já foi dado à cidade, “é fruto da história associativista e cooperativa da população porto-alegrense”.Ao comentar a notícia, o representante da Mobilidade Social da Presidência da República, Davi Schmitt, lembrou que foram iniciativas surgidas em Porto Alegre que “motivaram a criação do Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade, com a instituição da Semana Nacional da Solidariedade, promovida pelo movimento, pelo Pnud e pela Presidência da República”.A Semana Nacional da Solidariedade, realizada desde 2004 no país, foi inspirada nos resultados obtidos com a instituição da Lei Estadual do Dia da Solidariedade, comemorado no Rio Grande do Sul no terceiro sábado do mês de maio, desde 2001. A data, por sua vez, foi escolhida no estado, para homenagear a iniciativa da empresa gaúcha Indústrias Tevah, que há nove anos produz voluntariamente peças de roupas para doação.Em maio deste ano, durantes as festividades, a administração municipal lançou o Disque Solidariedade para facilitar as doações da comunidade pelo telefone. O serviço cadastra entidades, associações, instituições e pessoas interessadas em contribuir com a comunidade carente, que também pode utilizar o sistema para solicitações.O documento “Porto Alegre e as Metas do Milênio” foi entregue ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva em maio de 2004. O texto registra “o compromisso da sociedade porto-alegrense em atingir os objetivos do milênio com práticas solidárias”.A carta foi assinada por instituições públicas, privadas e organizações não-governamentais do Rio Grande do Sul, que se comprometeram a integrar suas ações, projetos e programas à proposta da Organização das Nações Unidas (ONU). Em 2005, durante a Semana da Solidariedade, 700 mil pessoas participaram de quase 600 atividades, que incluíram doações de alimentos e computadores e a realização de cursos, oficinas e shows em todo país.