Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio – Apenas um entre cada quatro brasileiros com mais de 15 anos de idade domina plenamente as condições técnicas da leitura, segundo informa o coordenador do Plano Nacional do Livro e Leitura, do Ministério da Cultura, Galeno Amorim. O enfrentamento desse problema não é uma tarefa apenas do Estado, para ele. Como exemplo de ação, Amorim cita o prêmio Escrevendo o Futuro, da Fundação Itaú Social.
A 3ª edição do prêmio foi lançada esta semana, no Rio, com apoio do Ministério da Educação e do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Educação (Consed). As inscrições ficam abertas até o dia 8 de maio.
O objetivo do prêmio é tanto capacitar professores de escolas públicas brasileiras quanto contribuir para aperfeiçoamento da leitura e da escrita da 4ª e 5ª séries do ensino fundamental, que concorrem a ele. Em entrevista à Agência Brasil, a superintendente da Fundação Itaú Social, Ana Beatriz Patrício, informou que nesta edição do prêmio o material de apoio pedagógico reúne três fascículos, um de cada gênero de escrita – poesia, artigo de opinião e memórias.
"Na verdade, o que nós estamos fazendo é instrumentalizar os professores para que eles criem nos alunos esse prazer pela leitura", explicou Patrício.
A primeira etapa do processo seletivo ocorre nas próprias escolas. Cada uma seleciona um texto, e esse será submetido à apreciação da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), parceira do programa. Em seguida, são selecionados 180 projetos em todo o país, envolvendo alunos e professores, que participarão de oficinas em sete pólos regionais – Fortaleza (CE), Belém (PA), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Goiânia (GO) e Curitiba (PR).
Em cada um desses pólos serão premiados nove vencedores e, destes, os três primeiros de cada gênero serão os finalistas nacionais (alunos, professores e escolas), cujo nome será conhecido entre outubro e novembro deste ano. Esses já recebem computadores e impressoras. Os três ganhadores finais serão premiados em dezembro em São Paulo, onde fica a fundação.
O prêmio mobilizou em sua última edição (2004) cerca de 1milhão de alunos e 25 mil professores de 10,5 mil escolas de todo o país, de acordo com os dados da assessoria de imprensa da Fundação Itaú Social. Em 2002, a participação foi de 380 mil alunos.