Diretor da Riofilme diz que projeto é falho em comunicação com entidades do setor

09/04/2006 - 9h34

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio – O diretor comercial da Riofilme, Antonio Urano, aponta que, no projeto de exportação do cinema nacional, "falta uma boa comunicação com as entidades que potencialmente podem estar interessadas em participar dele".

Em entrevista à Agência Brasil, Urano contou que a Riofilme, que é empresa distribuidora de filmes da prefeitura carioca, não foi convidada a participar de uma recente reunião no Rio realizada pelo Sindicato da Indústria Cinematográfica de São Paulo (Sicesp). O sindicato é autor do projeto de exportação, que conta com apoio da Agência Nacional de Fomento à Exportação (Apex Brasil).

Urano afirmou que, embora o foco inicial da Riofilme seja o mercado brasileiro, a empresa pode também comercializar os direitos autorais de filmes para o exterior. "Nada nos impede de vender para o exterior".

Segundo ele, essa não é a primeira tentativa da Apex de incentivar o setor audiovisual, "mas por não conhecer o setor, acabou dando errado". Na avaliação do diretor da Riofilme, a agência tem que conhecer quem está realmente interessado em participar do projeto, "ela precisa identificar quem pode realizar de fato ações de exportação e venda do produto audiovisual no exterior".

Um dos principais programas da Riofilme é o Riofilme Commission, que tem o objetivo de incentivar filmagens no Rio de Janeiro, já que "há diversidade de locações, concentração no município de um grande número de produtoras e, ainda, a existência da maior infra-estrutura técnica do país".

"A gente tem potencial de trazer equipes com projetos para desenvolver no país", afirmou. O diretor da Riofilme ressaltou a importância do apoio concedido à produção estrangeira, conforme ocorreu com uma equipe da Índia que produziu na cidade, e os filmes apresentaram potencial de "500 milhões de expectadores".

O projeto de exportação do cinema nacional apresenta três objetivos principais: apoiar e criar condições para que os produtores cinematográficos possam buscar co-produções internacionais; a venda de filmes para o mercado internacional e a venda de serviços de produção para produtores estrangeiros.