Comunidades carentes de Niterói terão alimentos orgânicos produzidos em hortas comunitárias

31/03/2006 - 12h54

Norma Nery
Repórter da Agência Brasil

Rio - Jovens de comunidades carentes de Niterói, município da região metropolitana do Rio de Janeiro, poderão se alimentar de produtos orgânicos, sem agrotóxicos, e cultivados em hortas comunitárias. Essa é a proposta do projeto realizado em parceria entre o Instituto Vital Brazil, a prefeitura da cidade, e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado (Emater), lançado hoje (31).

O projeto-piloto será desenvolvido na comunidade do Viradouro, com a organização não governamental Cidade dos Menores, que atende 300 crianças e adolescentes carentes. Eles cuidarão da manutenção da plantação, em seis canteiros: de alface, cenoura, beterraba, abobrinha, couve e salsa. A colheita poderá ser feita daqui a dois meses.

O presidente do Instituto Vital Brazil, Carlos Henrique Minardi Pereira, disse que o projeto contribuirá para preservar o meio ambiente e melhorar a saúde da população, além de ser formador de cidadania. "Os órgãos públicos têm a obrigação de dar esse tipo de orientação porque as crianças tendo esse tipo de atividade, não vão ter tempo para outras coisas", afirmou.

Igor da Silva Nogueira, de 12 anos, aluno da 6ª série do Ensino Fundamental, vai participar do projeto para aprender a plantar e transmitir a experiência para a família.

"O projeto é bom e a gente vai plantar e poder comer o que plantar. Alface, batata doce e cenoura, essas coisas. Lá em casa tem um espaço pra plantar aí eu vou poder fazer a mesma coisa lá", disse Igor.

Técnicos dos órgãos envolvidos no projeto de hortas comunitárias ensinarão métodos de plantio e controle de pragas e fornecerão cartilhas explicativas. O plantio será feito nos moldes da agricultura orgânica e da educação ambiental, usando garrafas descartáveis para cercar os canteiros, caixas de ovos para sementeiras e caixas de leite para mudas. Como adubo serão usados cascas de legumes e outros tipos de lixo orgânico recolhido na cozinha da creche mantida pela ONG Cidade dos Menores.