Desemprego aumenta possibilidade de hora extra não-remunerada, afirma Laís Abramo

20/02/2006 - 17h38

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Altos índices de desemprego tornam os trabalhadores mais vulneráveis a uma série de problemas, como a possibilidade de horas extras não-remuneradas ou banco de horas não compensado. Essa é a opinião da diretora da Organização Internacional do Trabalho Brasil (OIT), Laís Abramo.

"Existe no Brasil uma legislação a respeito das horas extras que tem que ser cumprida e que faz referência a adicionais. Se não é cumprido, é preciso acionar os mecanismos que existem com relação a isso". Laís Abramo reforçou que as horas extras podem existir, mas que é importante que não seja um abuso, porque acarretam conseqüências negativas na vida do trabalhador e na produtividade das empresas.

Abramo participou hoje (20) do Seminário Nacional sobre Redução da Jornada de Trabalho: Trabalhar Mais ou Trabalhar Melhor?, organizado por centrais sindicais. O seminário foi organizado pela Confederação Geral dos Trabalhadores (CGTB), Central Autônoma dos Trabalhadores (CAT), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical e Social Democracia Sindical, com coordenação do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).