Presidente da Petrobras destaca desenvolvimento do mercado de álcool

02/02/2006 - 19h22

Rio, 2/2/2006 (Agência Brasil - ABr) - O Brasil desfruta hoje de uma posição muito favorável em relação aos outros países, no que diz respeito à garantia do suprimento de energia, não só do ponto de vista da possibilidade de crescimento da produção de combustíveis fósseis como também das chamadas energias renováveis.

A afirmação foi feita hoje (2) pelo presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, na solenidade de assinatura de protocolo de intenções para o desenvolvimento de estudos visando a implantação de um alcoolduto para ligar o estado de Goiás à refinaria de Paulínia, em São Paulo. Segundo Gabrielli, ficou demonstrado no Fórum Econômico Mundial realizado em Davos, na Suíça, o grau de preocupação com a garantia de suprimento e oferta de energia, o que afeta em particular os países desenvolvidos.

Ele lembrou que a Petrobras é hoje a 14ª maior empresa petrolífera do mundo, "com a vantagem de possuirmos uma capacidade de crescimento de novas fronteiras, com base em nossas próprias reservas, muito maior do que a de outras empresas".

Gabrielli destacou as reservas ainda não desenvolvidas, a produção em águas profundas e a geração de energia a partir de fontes renováveis. "O Brasil possui o maior programa do mundo de substituição de combustíveis fósseis. Temos 25% de nossa gasolina misturada com álcool. Somos o único país do mundo que possui uma rede de distribuição onde todos os postos (são mais de 30 mil) têm pelo menos uma bomba de álcool. Temos também estrutura e tecnologia capaz de distribuir álcool pelo país inteiro. Portanto, somos do ponto de vista do mercado do usuário do combustível do etanol, um país do futuro que fez o presente", enfatizou.

O mercado mundial, lembrou Gabrielli, é essencialmente de álcool químico ou farmacêutico. O Brasil, acrescentou, é o único país do mundo a possuir um mercado de álcool combustível. E o crescimento deste mercado "é uma questão estratégica, não só para a Petrobras ou para o Brasil, mas também para o futuro da humanidade".