TRE descarta presença de Forças Armadas na eleição de Campos

01/02/2006 - 17h26

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Rio – O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) divulgou hoje (1º) uma nota, segundo a qual diz que não considera ser preciso a convocar as Forças Armadas para atuar preventivamente durante a eleição no município de Campos, no norte fluminense, cujo pleito realizado no final de 2004 foi anulado pelo TRE-RJ no final de 2005.

Na nota, porém, o presidente do órgão, desembargador Marlan de Morais Marinho, ao mesmo tempo em que afirma não haver necessidade da presença de militares na cidade, diz que não abrirá mão da ordem e que, se necessário, voltará a chamar as Forças Armadas, conforme ocorreu nas eleições de 2004.

Segundo ele, nos últimos meses, a população de Campos, mesmo passando por momentos de incertezas políticas, "demonstrou grande maturidade". O desembargador informou ainda que tem mantido contato com o comando da Polícia Militar, o que o levou à conclusão de que a força estadual será suficiente para garantir "o clima de ordem necessário em qualquer eleição".

A nova eleição no município está prevista para o dia 12 de março. A anulação do pleito pelo TRE se deu em razão da ocorrência de diversas irregularidades, inclusive a utilização das máquinas públicas estadual e municipal em favor dos candidatos Geraldo Pudim (PMDB) e Carlos Alberto Campista, do PDT (vencedor da eleição).

Ao todo, segundo o TRE, seis partidos registraram candidatos e assumiram com a juíza da propaganda eleitoral do município, Maria Tereza Gusmão, uma série de compromissos nesta fase de campanha, que começou ontem (31) e será encerrada em 10 de março. Dentre as responsabilidades, está a de encerrar os comícios à meia-noite. Caso nenhum candidato vença no primeiro turno, o segundo deverá acontecer no dia 26 de março.