Governo vai trabalhar inicialmente em 4.592 quilômetros de rodovias federais, afirma Dilma

03/01/2006 - 18h37

Nelson Motta
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante a reunião da Coordenação de Infra-estrutura nesta manhã, decidiu iniciar na próxima segunda-feira (9) a operação Tapa-buracos nos principais trechos das rodovias federais e estaduais do país que apresentam más condições de tráfego.

A ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, que participou do encontro, informou que o governo irá trabalhar inicialmente para tapar os buracos em 4.592 km federais e os outros 2.851 km de estradas controladas pelos estados só deverão começar as obras de recuperação e manutenção depois de um acordo com os governadores.

"Iremos conversar com os governadores sobre a recuperação das rodovias sob algumas condições. Entre elas, o governo federal se dispõe a colocar 70% dos recursos, mas espera que os governos estaduais coloquem os outros 30%", disse a ministra.

Sobre a Medida Provisória 82, editada em 2002, que transferiu a responsabilidade de algumas rodovias para os governos estaduais, Dilma explicou que o governo não cometeu qualquer "incorreção" na transferência e nos recursos enviados para manutenção das rodovias. "O governo espera que, uma vez as estradas reconstituídas, elas sejam mantidas pelos governos estaduais", afirmou.

Segundo a ministra, logo após a segunda quinzena de janeiro, o governo federal vai fazer um encontro com os governadores para viabilizar uma negociação que permita essa transferência em definitivo para os governos estaduais, para que não haja dúvidas sobre a responsabilidade de manutenção e recuperação das rodovias.

"Nós iremos assumir a manutenção, mas não reconhecemos que essas estradas, uma vez que já foram transferidos os recursos necessários para a sua manutenção, devam voltar ao governo federal", disse ela.

Participaram também da reunião de Coordenação de Infra-estrutura os ministros Alfredo Nascimento (Transportes) e Silas Rondeau (Minas e Energia), o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Eonômico e Social (BNDES), Guido Mantega, e os secretários executivos Pedro Brito (Ministério da Integração) e João Bernardo (Ministério do Planejamento).