Política para saúde não pode seguir lógica dos donos dos laboratórios, diz Lula

20/12/2005 - 15h44

Cecília Jorge
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Ao participar da inauguração de um hospital da Rede Sarah Kubitschek no Amapá, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o governo está atuando para viabilizar a venda fracionada de medicamentos. "Não é possível que um cidadão que levante com dor de cabeça e queira tomar apenas um comprimido tenha que ir a uma farmácia e comprar um tablete que tem quatro, dez ou cinco, para ficar metade estocada", afirmou.

Lula ressaltou que o governo tem procurado convencer a indústria farmacêutica que essa iniciativa é benéfica para os consumidores e para o país. "As empresas apenas terão que contratar alguns funcionários a mais, possivelmente algumas máquinas a mais, e possivelmente até poderão ganhar mais. Não haverá diminuição nos seus ganhos", disse.

O presidente acrescentou que as ações na área da saúde precisam ser definidas pela necessidade social. "Precisamos discutir a lógica da saúde pela lógica das necessidades da população e não pela lógica dos donos dos laboratórios ou pela lógica dos hospitais".