Especialistas discutem potencial de impacto socioambiental da atividade petrolífera na Amazônia

12/12/2005 - 12h27

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Manuas - Com cerca de 1.200 inscritos e mais de 250 trabalhos a serem apresentados, está começando na manhã de hoje (12), o 1º Congresso Internacional Piatam (Potenciais Impactos e Riscos Ambientais da Indústria do Petróleo e Gás na Amazônia).

O encontro, que reúne pesquisadores e cientistas de várias partes do país e de universidades norte-americanas, tem o objetivo de debater temas pertinentes ao meio ambiente amazônico, à população da área e aos efeitos das ações decorrentes da exploração e transporte de petróleo e gás natural na região.

Com o tema "Ambiente, Homem, Gás e Petróleo", o congresso se realiza no Centro de Convenções do Studio 50, onde até a próxima quinta-feira se pretende discutir os avanços científicos obtidos pelas mais de 300 pessoas envolvidos no Programa Piatam e em suas ramificações: o Pitam Mar, destinado a estudar a área costeira da região amazônica, e o Cognitus, que propõe uma nova forma de abordagem científica para o entendimento dos ecossistemas amazônicos. O Cognitus utiliza robôs do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes).

Para a presidente do Comitê Científico do Programa Piatam, Vera Maria de Almeida, o congresso representa "uma nova oportunidade de interação, agrupando apresentações de estudos em torno de um tema comum". Ela revelou que, desde que o comitê foi criado se detectou a necessidade de expor mais os resultados das pesquisas nas diversas áreas do programa. "A expectativa é que se consiga estabelecer novas cooperações e discussões a partir de debates de cada tema abordado". Para ela, há ainda a possibilidade concreta de restabelecer rumos de algumas linhas de pesquisas, tendo como base por integrantes de outros projetos.

O Programa Piatam (palavra indígena que vem do Tupi pyatã – aquele que é bravo, forte, guerreiro, rijo e vigoroso) foi criado em 2000 como um projeto da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Desde a sua primeira fase o projeto tem financiamento do Fundo Setorial de Petróleo e Gás Natural – CT Petro e é gerido pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Desde 2002, o programa conta também com recursos da Petrobras, o que permitiu, na avaliação dos coordenadores, a expansão e transformação em um programa sistemático e de longo prazo.