Membros da CPI dos Correios decidem não votar mais nenhum relatório parcial

01/12/2005 - 14h47

Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios (CPMI) decidiram não votar os relatórios parciais de Contratos e de Movimentação Financeira.

Para o sub-relator de contratos, a iniciativa de realizar relatórios parciais foi saudável, mas acabou servindo para disputas políticas. Desde modo, tanto ele quanto o sub-relator de Movimentações Financeiras, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), propuseram que os relatórios deixassem de ser votados. "Não vamos entrar no jogo que pode inviabilizar a CPI", disse Fruet. A intenção é incorporar as informações ao relatório final, que será elaborado pelo deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR).

Na semana passada, o PT e os partidos aliados pediram vistas do relatório, impedindo sua votação. A senadora Ideli Salvati (PT-SC) considerou o relatório como sendo apenas parcial, incompleto por não incluir as investigações que estão sendo realizadas sobre a utilização de caixa 2, em 1998, na campanha do então governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB), candidato à reeleição.

Além disso, o presidente da CPMI, senador Delcídio Amaral (PT-MS) afirmou que a assessoria jurídica do Senado está preparando uma resposta ao mandado de segurança concedido à empresa Skymaster que impede a divulgação de informações provenientes das quebras de sigilos bancário e fiscal da empresa. Há suspeita de que as empresas Skymaster Airlines e Brazilian Express Transportes Aéreos (Beta) tenham superfaturado o preço de seus contratos com os Correios.