Entidades médicas criticam nova tabela do SUS

13/09/2005 - 19h07

Irene Lôbo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Na avaliação do presidente da Confederação Nacional de Saúde (CNS – entidade que representa as instituições de saúde, inclusive clínicas e hospitais), José Carlos Abrahão, o reajuste da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS), autorizado pelo Ministério da Saúde, não atenderá a necessidade do setor. Segundo ele, nem mesmo o reajuste que seria dado pelo ex-ministro Humberto Costa, suspenso há dois meses pelo novo ministério, seria suficiente.

O impacto financeiro do reajuste anterior causaria no ministério era estimado em R$ 402 milhões e o do reajuste autorizado pelo ministro Saraiva Felipe está previsto em R$ 226 milhões.

"O setor já passa uma dificuldade muito significativa. O reajuste que foi apresentado pelo ministério do Humberto Costa já não atendia e o desse ministério fica ainda mais difícil. Os projetos das instituições filantrópicas foram parcialmente adiados e isso torna a situação do setor ainda mais complicada. Esperamos que o novo ministro possa reavaliar isso até porque a média complexidade ficou sem reajuste, a parte de exames laboratoriais entre outras", afirma Abrahão.

O presidente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), Antônio Brito, também afirma que não ficou satisfeito com o reajuste. "O reajuste não foi suficiente. Esperávamos no mínimo o que havia sido publicado em julho, que eram os R$ 402 milhões, porque era o primeiro passo para a recomposição das tabelas e os reajustes seriam dados na média complexidade. O que vimos é que os valores não só foram bem menores como não atenderam nem ao pleito do que foi reivindicado em julho", criticou.

O reajuste médio da nova tabela do SUS, publicada ontem (12) no Diário Oficial da União, foi de 10%.