Leilões para venda de energia de curto prazo revitalizam Bolsa do Rio, dizem especialistas

29/08/2005 - 19h38

Rio, 29/8/2005 (Agência Brasil - ABr) - O vice-presidente da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ), Arnaldo César Coelho, disse que a realização dos leilões para venda de energia de curto prazo representa a retomada da instituição, que não opera no pregão de ações desde 2000. O primeiro desses leilões foi realizado hoje (29). "É um dia histórico, porque nessa data a Bolsa está sendo refundada", afirmou Coelho.

O presidente da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), Manoel Félix Cintra, também destacou o momento histórico da Bolsa do Rio, afirmando que a retomada das atividades com um pregão de viva-voz aconteceu do jeito que o mercado gosta. "O trabalho foi feito no sentido de dar a melhor forma possível a esses novos mercados. Acreditamos muito no mercado. É ele que vai responder se plantamos de forma correta. Temos a quinta bolsa de mercados futuros do mundo. O Rio tem tudo para ser a sede mundial desses contratos", disse.

Segundo Manoel Félix Cintra, a estratégia é partir para comercialização de energia também no mercado de futuros.

O presidente da Associação Brasileira de Agentes Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel), Paulo Tavares, disse que a expectativa é de que o mercado de energia elétrica de curto prazo movimente por ano R$ 1 bilhão. Só nos leilões de hoje, foram leiloados R$ 3,7 milhões em energia. "O mercado precisa de transparência e credibilidade. Nada como uma comercialização na bolsa com a coordenação da BM&F", acrescentou.

A energia vendida nos leilões de hoje será utilizada pelo período de um mês.