Daisy Nascimento
Repórter da Agência Brasil
Rio - Os bares e restaurantes do Rio têm o segundo maior índice de poluição provocada pela fumaça de cigarro em toda América Latina; só perdem para os de Buenos Aires, na Argentina. Este é o resultado de uma pesquisa inédita realizada de 2002 a 2003 pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e pela Escola de Saúde Pública John Hopkins Bloomberg, dos Estados Unidos, em seis cidades da América do Sul.
Diante desse resultado, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) escolheu o tabagismo passivo como o tema principal das ações que marcam o Dia Nacional de Combate ao Fumo. De acordo com a coordenadora do Programa Nacional de Controle do Tabagismo do Inca, Tânia Cavalcante, o tabagismo passivo aumenta em 23% o risco o de pessoas não-fumantes desenvolver doenças cardiovasculares e em 30% os riscos de câncer no pulmão.
A pesquisa também mostrou que a fumaça e os derivados de tabaco que circulam nos ambientes contêm três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que aquela tragada pelo fumante.
Dados do Ministério da Saúde revelam que aproximadamente 200 mil mortes anuais são decorrentes do tabagismo.