ProJovem poderá alcançar cidades com mais de 300 mil habitantes, diz secretário da Juventude

24/08/2005 - 14h52

Juliana Andrade
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Inicialmente implantado nas capitais brasileiras, o Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem) poderá ser expandido para as regiões metropolitanas e para os municípios com mais de 300 mil habitantes. A informação é do secretário Nacional de Juventude, Beto Cury. Segundo ele, o governo federal trabalha com a idéia de, no ano que vem, dobrar o número de jovens que deverão ser atendidos este ano, cerca de 200 mil.

"A idéia é ampliar por etapas. Devemos começar nas regiões metropolitanas, chegando nas cidades com mais de 300 mil (habitantes) e gradativamente chegando a todos municípios do país", antecipou o secretário, que hoje (24) participou da solenidade em que prefeituras de 16 capitais formalizaram acordos de cooperação técnica com o governo federal, para a execução do ProJovem em suas cidades.

Coordenado pela Secretaria-Geral da Presidência da República, por meio da Secretaria Nacional de Juventude, o programa é destinado a jovens de 18 a 24 anos de idade que terminaram a 4ª série, mas não concluíram o ensino fundamental. Outra exigência é que eles não tenham contrato formal de trabalho. No período de um ano, os jovens devem concluir o ensino fundamental e receber qualificação profissional, além de auxílio-financeiro de R$ 100 por mês.

Segundo a coordenadora nacional do programa, Maria José Feres, há 1,44 milhão de pessoas nas capitais com o perfil do jovem ao qual o programa se direciona. De acordo com ela, se existirem mais inscritos do que o número de vagas, a escolha será feita por meio de sorteio eletrônico, auditado pela Controladoria-Geral da União. No momento da matrícula, o jovem terá que comprovar as informações fornecidas no ato da inscrição pelo telefone (0800 642 7777).

"Se ele não comprovar essas informações, fica eliminado, e o próximo será chamado, por isso não só sorteamos os selecionados, mas também os reclassificados. Há uma ordem também entre os excedentes para que eles possam ser chamados em caso de haver uma vaga", explicou ela.

Além de participar das aulas e receber formação profissional, os alunos selecionados terão de desenvolver ações comunitárias. Pelo acordo firmado com as prefeituras, o governo federal deverá fornecer o material didático – como manuais, guias de alunos e de professores – computadores, impressoras e equipamentos de multimídia e repassar recursos para a remuneração de professores e pagamento de lanches diários para os alunos.

Também cabe ao governo federal o pagamento do auxílio financeiro de R$ 100,00 para cada aluno matriculado. Já os municípios devem fornecer o espaço físico para todas as atividades, material de consumo e livros.