Ana Paula Marra e Lana Cristina
Repórteres da Agência Brasil

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa, daqui a pouco, no Palácio do Planalto, da reunião sobre o Programa Tesouro Direto. Trata-se de um programa de venda de títulos públicos, pela internet, a pessoas físicas. O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, também estará presente.

O preço mínimo a ser investido na compra do título é de R$ 200 e o máximo, de R$ 400 mil. As taxas de administração e de custódia são baixas e o Imposto de Renda só é cobrado no momento da venda ou no vencimento do título. Com isso, o poupador ganha todo o rendimento da capitalização dos juros até o momento do resgate.

Cinco títulos estão à disposição para compra: Letras do Tesouro Nacional (LTN), Letras Financeiras do Tesouro (LFT), Notas do Tesouro Nacional (NTN-B) e as Notas do Tesouro Nacional séries C e F.

Segundo a Secretaria do Tesouro Nacional, o volume de vendas no primeiro semestre deste ano atingiu cerca de R$ 300 milhões, o que representa aumento de 79,8% em relação ao mesmo período do ano passado. O programa foi lançado em 2002 pelo Tesouro Nacional, em conjunto com a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC).

Antes do Programa Tesouro Direto, só bancos, corretoras, distribuidoras e outras instituições financeiras registradas no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC) podiam comprar títulos públicos. O volume mínimo de compra era de aproximadamente R$ 50 mil. As pessoas físicas compravam títulos apenas indiretamente, por meio de fundos de renda fixa, cujas carteiras são compostas em grande parte por títulos públicos.