Movimento de moradia pede a Marinho política de emprego para população de conjuntos habitacionais

15/08/2005 - 21h12

Érica Santana
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Representantes da União Nacional de Moradia Popular (UNMP) reivindicaram hoje, durante reunião com o ministro do Trabalho Luiz Marinho, a realização de programas de qualificação profissional e da criação de políticas de emprego e renda para moradores de conjuntos habitacionais populares. Com isso, a idéia é melhorar a qualidade de vida e fortalecer a renda familiar de grupos excluídos.

"Vários assuntos deles têm a ver com a discussão de desenvolvimento local, a partir dos conjuntos habitacionais e do próprio conjunto pensar alternativa de renda. Eu disse a eles que conjuntos de moradias muito próximos podem trazer oportunidades de reciclagem, por exemplo, ou de nicho de mercado; que as cooperativas de trabalho ou de produção possam ser pensados como alternativa de geração de rendas para as famílias", relatou o ministro do Trabalho, Luiz Marinho.

De acordo com Marinho, o ministério tem a proposta de qualificar as pessoas para as novas vertentes de geração de trabalho e renda, particularmente "no mundo do cooperativismo".

Segundo a diretora da Confederação Nacional de Associações de Moradores (Conam), Bartira Lima da Costa, uma das coordenadoras do UNMP, o ministro se mostrou "receptivo" às propostas apresentadas.

"É possível realmente fazer um trabalho de integração com o ministério das Cidades e do Trabalho nas políticas da reforma urbana que têm tudo a ver com a nossa reivindicação", pontuou ela. "Essa é a questão da política habitacional, que é uma questão da integração de trabalho de geração de emprego e renda, da questão do salário mínimo e de como nós trabalhamos tudo isso junto."

De acordo com Bartira, o ministro teria proposto a realização de um projeto com as reivindicações dos manifestantes. "Nós vamos sair daqui nos preparando para fazer um projeto que possa ser atendido pelo Ministério do Trabalho para essa integração", contou.

Amanhã, representantes do Movimento Nacional de Moradia Popular se encontrarão com o professor Paul Singer, da Secretaria de Economia Solidária, para, segundo o ministro, "pensar o que se pode fazer além".

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