Programa Nacional de Inclusão de Jovens é exemplo de ação concreta do governo, avaliam ONGs

12/08/2005 - 14h53

Juliana Andrade
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A criação do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem), pelo governo federal, representa um avanço no que se refere às ações concretas para melhorar a vida dos brasileiros entre 18 e 24 anos. A avaliação é da representante do Grupo Interagir Renata Florentino, que participou da elaboração do relatório Tirando Acordos do Papel. O documento, que foi entregue hoje (12) ao secretário Nacional de Juventude Beto Cury, traz um diagnóstico das ações do governo federal direcionadas aos jovens.

Segundo Renata, as ONGs fizeram o monitoramento das ações do governo federal voltadas à juventude e chegaram ao programa, que está entre as iniciativas que mais se destacam. "Acho que a escolha de fazer o ProJovem foi uma das mais sadias porque pega esse grupo que está com defasagem escolar e tenta melhorar a vida desses jovens", disse Renata.

A lei – que criou o programa – foi sancionada no início de julho pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Criado no dia 1° de fevereiro deste ano pelo presidente, o ProJovem vai beneficiar jovens de 18 a 24 anos que só concluíram os quatro primeiros anos do ensino fundamental e não têm emprego com carteira assinada. Os alunos selecionados farão curso de um ano e receberão R$ 100 por mês, como incentivo financeiro. Nesse período, deverão concluir o ensino fundamental e receber formação profissional.

A lei sobre o ProJovem também criou o Conselho Nacional da Juventude (CNJ), instalado há dez dias, durante solenidade no Palácio do Planalto. Na avaliação da representante da ONG Interagir, o conselho é outro avanço. Mas, segundo ela, o relatório sugere que também sejam criados conselhos municipais e estaduais de juventude, para aumentar a participação social na formulação de políticas.