Brasília - O total de recursos destinados ao turismo quase dobrou nos quatro primeiros meses deste ano, em relação ao mesmo período de 2004. No primeiro quadrimestre de 2005, os recursos transferidos ao setor por meio dos bancos federais totalizaram R$ 616,1 milhões, enquanto no mesmo período do ano passado, somaram R$ 314,1 milhões, um aumento de 96,2%.
Nos 12 meses entre maio de 2004 a abril de 2005, quando foi fechado o relatório do Ministério do Turismo, os financiamentos ao setor alcançaram R$ 1,5 bilhão. O Banco do Brasil contribuiu com 65,8% dos investimentos, totalizando R$ 992,5 milhões. A Caixa Econômica Federal (CEF) ficou com uma fatia de 24,3%, com a aplicação de recursos da ordem de R$ 366,5 milhões. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco da Amazônia (Basa) e o Banco do Nordeste (BNB) desembolsaram R$ 148,6 milhões.
Os desembolsos da Caixa no período de janeiro a abril de 2005 apresentaram aumento de 343,6%, na comparação com o mesmo período do ano passado. A instituição transferiu para o setor R$ 203,1 milhões, contra R$ 45,8 milhões em 2004.
"A Caixa e o Banco do Brasil estão respondendo ao desafio do Ministério do Turismo de aumentar, adequadamente, os financiamentos para o setor", disse a secretária Nacional de Programas e Desenvolvimento do Turismo, Maria Luisa Leal.
Na execução da política de desenvolvimento do turismo nacional, o ministério, em parceria com os ministérios do Trabalho e Emprego e da Integração Nacional, busca viabilizar recursos para aplicação em projetos turísticos da iniciativa privada. As principais fontes de financiamento derivam do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e dos Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte (FNO), Nordeste (FNE) e Centro-Oeste (FCO).
A maior parte dos recursos está sendo investida em hotelaria - projetos de implantação, ampliação ou modernização de hotéis. O grupo português Pestana, por exemplo, está realizando as obras de restauração e adaptação no Convento do Carmo, localizado no Pelourinho, em Salvador (BA). O empreendimento está sendo financiado com recursos do FNE e tem por objetivo adequar o imóvel histórico para exploração como meio de hospedagem, no contexto de um projeto turístico-cultural, como é feito nas pousadas de Portugal.
Com informações do Ministério do Turismo.
