Brasília, 20/4/2005 (Agência Brasil - ABr) - A intervenção nos hospitais do Rio de Janeiro foi definida no dia 10 de março. O governo decretou estado de calamidade pública nos hospitais municipais Miguel Couto, Souza Aguiar e Andaraí e nos hospitais federais administrados pela prefeitura, o Geral de Jacarepaguá (Cardoso Fontes), Geral de Ipanema e da Lagoa. Com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), apenas o Miguel Couto e o Souza Aguiar voltam para a prefeitura do Rio.

Desde março, o governo federal reabriu as emergências do Hospital do Andaraí e do Cardoso Fontes, fechadas há meses. A reforma do Centro Cirúrgico do Hospital da Lagoa foi iniciada e três salas e sete leitos do Centro de Terapia Intensiva já foram reabertos. A rede de atendimento ganhou 294 leitos, não só nos hospitais sob intervenção, mas também no Hospital Clementino Fraga, na Santa Casa e nos hospitais das Forças Armadas.

O ministério da Saúde fez duas compras emergenciais de medicamentos, cujos estoques estavam praticamente zerados. Foram adquiridos 410 itens de medicamentos, no valor de R$ 5 milhões, suficientes para regularizar os estoques por um mês.

Outra providência foi a compra de 503 itens médico-hospitalares, que custaram R$ 2 bilhões. O ministério instituiu o sistema de pregão para as compras efetivas de medicamentos, que vão abastecer os hospitais por cinco meses.

Na época da intervenção, vários equipamentos foram encontrados quebrados e o governo alugou diversas unidades até que a equipe de engenharia providenciasse o conserto das máquinas sem manutenção. O Miguel Couto, o Andaraí, o Cardoso Fontes e o Souza Aguiar receberam respiradores novos, monitores cardíacos e oxímetros de pulso.

A Marinha e a Aeronáutica instalaram, logo após a intervenção, hospitais de campanha na sede campestre da Aeronáutica e no campo de Santana. Só o hospital da Aeronáutica atendeu 3.941 pessoas entre os dias 21 de março de 7 de abril, o que representou mais de cinco mil atendimentos.