Grupo de acompanhamento constata melhoras em hospital sob intervenção no Rio

15/04/2005 - 19h19

Rio, 15/4/2005 (Agência Brasil - ABr) - O Hospital Cardoso Fontes, uma das seis unidades requisitadas pelo Ministério da Saúde no Rio, continua enfrentando muitos problemas, mas, 35 dias após a intervenção federal, apresenta melhores condições de funcionamento. A constatação é do Grupo de Acompanhamento da Intervenção, formado por representantes da Câmara dos Deputados, da Assembléia Legislativa do Rio (Alerj), da Câmara dos Vereadores e de entidades médicas.

O grupo fez hoje uma vistoria na unidade para verificar as denúncias feitas pela diretora do hospital, Maria Lúcia Newlands, de que a situação no Cardoso Fontes continuava a mesma de antes da intervenção, iniciada no dia 11 de março. Entretanto, segundo o vereador Adelino Simões, membro do grupo de acompanhamento, as denúncias de Maria Lúcia não foram confirmadas.

"Realmente encontramos o atendimento na emergência ainda bastante deficitário, com muitos problemas de estrutura", disse o vereador. Para ele, ainda falta muito para o hospital se adequar às normas técnicas e àquele modelo de atendimento que o Cardoso Fontes oferecia anteriormente, mas já se sente uma melhora em relação a contratos. Equipamentos foram recuperados e há medicamentos e materiais de consumo, disse Simões.

O parlamentar, que é membro da Comissão de Saúde da Câmara dos Vereadores do Rio, ressaltou que o atendimento também melhorou e que o número de leitos do hospital aumentou de 40 para 140 depois da intervenção.

Adelino Simões explicou que um dos principais complicadores da situação do hospital é a falta de atenção básica de saúde aos pacientes do Rio, o que faz com que eles procurem as grandes emergências. "Continuam indo para a emergência pacientes que poderiam ter sido tratados em ambulatório", afirmou o vereador.