Rio, 7/4/2005 (Agência Brasil - ABr) - O Ministério da Saúde apresentou hoje o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) aos profissionais que vão atuar neste serviço no Rio. Ao todo, serão entregues 74 ambulâncias do Samu, representando um investimento da ordem de R$ 8,5 milhões. Destas, 52 ambulâncias serão destinadas ao atendimento de emergência e 22 ficarão para reserva e transferências hospitalares.

O diretor do Departamento de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Arthur Chioro, disse que a previsão é que o Samu seja implantado no Rio na última semana deste mês. Chioro informou que o Rio é o único município onde o Samu será administrado pelo Ministério da Saúde, e não pela prefeitura, por causa do "estado de calamidade pública e da necessidade de organizar este sistema de urgência".

Segundo Chioro, desde setembro do ano passado, foram entregues ao município 17 ambulâncias, que estavam paradas porque a prefeitura não conseguiu implantar o serviço, "alegando uma série de motivos, como ação do tráfico ou o trânsito caótico da cidade".

Ele explicou que o Samu atuará de forma integrada com o Corpo de Bombeiros e com o programa estadual Emergência em Casa, através do número 192. "O Samu vai agir no centro, na zona sul e em parte da zona oeste, mas a população não precisa ficar preocupada, porque, ligando para o 192, a chamada cairá numa central de regulação médica de urgência, que irá definir qual programa atenderá a seu caso". De acordo com Chioro, a central do Rio vai funcionar na sede Instituto de Traumato-Ortopedia (Into).

O Samu/192 foi implantado no Brasil em setembro de 2003 e hoje atende 49 milhões de pessoas em 213 municípios de 17 estados. Segundo o Ministério da Saúde, o serviço está reduzindo o número de óbitos, o tempo de internação nos hospitais e as seqüelas decorrentes da falta de atendimento precoce.