Para General Félix, Brasil ''se saiu bem'' no relatório das Nações Unidas

01/03/2005 - 16h03

Cecilia Jorge
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, General Jorge Armando Félix, avalia que o país "se saiu bem no relatório" produzido pela Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife), órgão das Nações Unidas.

Entre outros pontos, o documento alerta para o isolamento das polícias estaduais e federal no país. "A falta de cooperação entre as forças policiais dos níveis federal e estadual limita gravemente a eficácia desses esforços", diz o relatório.

Segundo o ministro, a integração entre as polícias é um problema já identificado e que está sendo resolvido. "Essa ligação entre os diversos níveis de governo é uma coisa que tem que ser permanentemente trabalhada".

O general Félix diz ainda que, em menos de um mês, devem ser apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva propostas de mudanças na Política Nacional sobre Drogas. As mudanças foram discutidas em encontros regionais com mais de 3 mil pessoas de diversos segmentos da sociedade.

O secretário Nacional Antidrogas, Paulo Roberto Uchoa, também vê o relatório com otimismo. "Somos gratos em ver esse relatório porque os problemas identificados por ele nós também já havíamos identificado e a maioria já estamos enfrentando".

O relatório também comenta a missão enviada pela Jife ao Brasil, em 2004, destacando os esforços para a aplicação dos tratados internacionais de fiscalização de drogas. Entre eles, a participação em ações conjuntas com outros países, como a Operação Seis Fronteiras em que o Brasil atua com a Colômbia, Equador, Peru, Venezuela e Estados Unidos. Outra operação é realizada com o Paraguai que, segundo o relatório, cultiva mais de 5,5 mil hectares de maconha, e a maior parte da produção se destina ao mercado brasileiro.