Ministro defende esporte como instrumento de inclusão social

01/03/2005 - 20h48

Arthur Braga
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - O ministro do Esporte, Agnelo Queiroz, defendeu hoje o esporte como instrumento de inclusão social, durante encontro realizado pela União Nacional dos Estudantes (UNE), que debateu o "Esporte Enquanto Elemento de Integração entre os Povos". Segundo o ministro, o esporte é um direito de todo o cidadão e pode "ter uma função educacional, promover a saúde e a educação, independentemente da idade".

Agnelo Queiroz afirmou que os eventos esportivos também colaboram para o desenvolvimento econômico do país, já que toda a cadeia produtiva do esporte gera renda e emprego além de incentivar o turismo, o que motiva investimentos do setor privado em apoio ao esporte.

No encontro, que reuniu cerca de 300 universitários de todo o país, durante a quarta edição da Bienal de Arte e Cultura, o ministro disse que o evento realizado pela UNE mostra que o estudante brasileiro está preocupado em discutir todos os temas que tratam do Brasil, inclusive o esporte. Ele lembrou de pesquisa recente, realizada por instituições de ensino superior, revelando que cerca de 35% dos universitários querem praticar esportes, "não só para se transformar em um atleta de alto nível, mas também para se formar um cidadão".

Ele acrescentou que muitos cursos de terceiro grau estão vinculados ao esporte como o de nutrição, medicina esportiva e educação física, por exemplo. "Debater o esporte é tão importante quanto discutir a saúde, a segurança pública e a educação", completou o ministro.

Um dos programas prioritários que vêm sendo desenvolvidos na área do esporte, ressaltou o ministro, é o Programa Segundo Tempo, que já atendeu cerca de um milhão de alunos em todo o país. O programa vai ser implantado no Haiti, Moçambique e Angola.

No encontro da UNE, que debate os desafios da cultura brasileira e sua interação com a América Latina, o esporte entra como um dos temas mais importantes. Segundo o presidente da UNE, Gustavo Petta, a Bienal, que termina amanhã (2), pretende criar um canal de comunicação entre os países latinos. Petta informou que, no encontro, houve consenso pela realização de uma grande campanha como forma de valorizar o Pan-Americano de 2007, que será realizado no Rio de Janeiro. De acordo com o dirigente estudantil, o Pan representa "uma possibilidade de integração da América Latina e de outros países".

Gustavo Petta adiantou que, amanhã à tarde, os estudantes realizam uma manifestação no Museu de Arte de São Paulo (Masp), com objetivo de reivindicar pelo menos 1% do Produto Interno Bruto (PIB) para a cultura nacional e a regulamentação dos meios de comunicação, entre outras.