Madri, 16/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - Um dia após o anúncio dos EUA em manter uma tropa de 10 mil soldados americanos no Iraque, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Governo da Espanha, José Maria Aznar, falam sobre o conflito no país de Saddam Hussein. Para Aznar, que deu apoio incondicional a decisão dos EUA em invadir o Iraque, a guerra é coisa do passado. Lula mantém sua posição. "Falei ao Bush quando ele pediu minha opinião, que a minha guerra è contra a fome". Os dois presidentes se encontraram na manhã de hoje no Palácio de Moncloa, sede do governo espanhol em Madri.

"O tempo se encarregará de dizer quem tinha razão. Mais que isso, precisamos fazer com que a Organização das Nações Unidas (ONU) seja democratizada e que novos países façam parte dela e passem a tomar decisões em conjunto. Por isso reivindicamos que o Brasil e outros países sejam membros permanentes da ONU", afirmou o presidente brasileiro.

Aznar afirmou que o importante a partir de agora é manter a posição estratégica de avanço nas relações entre Brasil e Espanha e que o que aconteceu ficou para trás. "Esperamos que o Iraque se estabeleça como uma nação democrática", explicou.
Lula destacou que o terrorismo é uma questão que envolve todos os países. Por isso, deve ser debatido em conjuto.