Governo resiste em incluir paridade no texto da reforma

16/07/2003 - 12h16

Brasília, 16/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - O governo resiste em incluir a paridade entre servidores ativos e inativos no texto da reforma da Previdência. O líder do PT na Câmara, deputado Nelson Pellegrino (BA), informou que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, se posicionou contra a paridade, mas que a base aliada vai defender este ponto e a integralidade dos vencimentos para os atuais servidores públicos.

A posição dos líderes foi comunicada ao ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, que ficou de discutir o assunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assim que ele chegar ao Brasil. "Nós temos que construir uma sintonia com o governo e é óbvio que se o presidente Lula tiver uma posição contrária, nós vamos dialogar. Deixamos claro ao ministro José Dirceu que nós queremos a inclusão no relatório da disposição da base de dar a integralidade e a paridade para os servidores", disse o líder.

O relator da reforma da Previdência, deputado José Pimentel (PT-CE), admitiu que também está em discussão a proposta da Central Única dos Trabalhadores (CUT) de elevar o teto dos futuros servidores e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de R$ 2.400,00 para R$ 2.700,00. José Pimentel informou que essa proposta não foi discutida com os governadores, mas que as modificações podem ser feitas até o último momento da leitura do relatório no plenário.

O líder do governo na Câmara, Aldo Rebelo, exlicou que outra reivindicação dos servidores, a elevação do teto de R$ 1.058,00 para a taxação dos inativos, está praticamente descartada, pois foi um acordo de consenso entre os governadores e o presidente Lula. Rebelo deixou claro que alterar esse piso colocaria em risco o apoio político dos governadores à reforma.