Decisão sobre paridade será tomada depois que governadores se manifestarem

16/07/2003 - 15h58

Brasília, 16/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - O ministro da Previdência Social, Ricardo Berzoini, garantiu hoje, após reunir-se com a bancada do PT, que, para o governo federal, não há obstáculos para manter a paridade de vencimentos dos atuais servidores. A decisão, no entanto, só será tomada após a manifestação dos governadores sobre o assunto, o que deverá ocorrer ainda hoje. Segundo Berzoini, a paridade para os atuais aposentados é um direito adquirido. Para os atuais servidores, é um assunto em discussão. Para os futuros servidores, entretanto, estão descartadas a paridade e a integralidade de vencimentos, pois o que se busca é um novo modelo previdenciário do setor público, que esteja mais próximo do sistema da iniciativa privada.

Berzoini considera um grande esforço do governo federal e dos governos estaduais a busca do entendimento em torno da reforma previdenciária. Ele acredita que, até outubro, a emenda da reforma previdenciária esteja votada e promulgada. Segundo o ministro, o teto de R$ 2.400 atende 93% da população coberta pelo sistema previdenciário, e o aumento desse teto para
R$ 2.700 só beneficiaria um pequeno número de pessoas que pode recorrer a um sistema fechado. Berzoini disse que não vê problema em divergências nas discussões da proposta, mas espera que a base governista vote unida a favor da reforma previdenciária. Ele lembrou que há possibilidade de se estabelecer fundos complementares de pensão, por segmentos sociais, desde que seja preservado o equilíbrio atuarial.