Florianópolis, 24/11/2002 (Agência Brasil - ABr) - O contrato de implantação do Sistema Integrado de Rastreabilidade Bovina será assinado nesta segunda-feira, em Florianópolis, pela Federação da Agricultura do Estado (Faesc) e a empresa gaúcha Planejar. A meta inicial é atingir 100 mil animais rastreados.
A Planejar é credenciada pela Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento como entidade certificadora junto ao Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov), e desenvolve atividades de rastreamento e certificação de origem do rebanho bovino por meio do Sistema Integrado de Rastreabilidade Bovina (Sirb).
O diretor da Faesc, Nelton Rogério de Souza, disse que a assinatura do contrato permitirá aos criadores cumprirem as exigências da Instrução Normativa Ministerial nº 1, de 9 de janeiro de 2002, que instituiu o rastreamento. A empresa fará o desenvolvimento e a atualização do sistema, manterá o endereço eletrônico de acesso ao Sirb (url://www.sirb.com.br), em funcionamento em tempo integral, garantirá segurança de ambiente internet, fornecerá todos os programas de computador (softwares) e manterá infra-estrutura de hardwares suficiente para garantir o armazenamento e gestão do banco de dados.
Será criado, simultaneamente, um instrumento de comunicação para disponibilizar as informações do setor agropecuário com o Fundo Nacional de Defesa da Pecuária e a Faesc por meio da internet. A vantagem da parceria, explica Nelton, é a pulverização dos atendimentos. A intenção é que profissionais dos sindicatos sejam treinados e possam atender aos produtores, transmitindo as informações para a certificadora, através da internet. Essa possibilidade de integração reduzirá custos, à medida em que não haverá necessidade de deslocamento a longas distâncias para o atendimento aos produtores.
Segundo o Ministério, até 2008 todo o rebanho brasileiro deverá estar rastreado, permitindo, assim, a manutenção de informações do nascimento do animal até o momento em que sua carne for processada para ir à mesa do consumidor. A prioridade é atender os criatórios voltados para a exportação. Ano passado, 50% das exportações brasileiras de carne foram para a Europa. A expectativa é que os frigoríficos paguem um valor mais alto pelo produto rastreado, estimulando o criador a investir no processo. Muitos Estados como Goiás e Mato Grosso do Sul pagam R$ 2 a mais por arroba para o animal rastreado.