Brasília, 21/11/2002 (Agência Brasil - ABr) - A promotora Ana Cláudia Melo, da 15ª Promotoria Criminal do Distrito Federal, decidiu denunciar Vilma Martins por seqüestro ao levar Pedrinho do Hospital Santa Lúcia em Brasília no dia 21 de janeiro de 1986. A promotora vai entregar amanhã, ao 8ª Vara Criminal, do TJDF, o indiciamento de Vilma por seqüestro qualificado e registro falso. A pena máxima para o primeiro crime é de 5 anos e o segundo, 6 anos. Como o crime está sendo considerado "concurso material", Vilma pode ser condenada pelas duas penas somadas, ou seja, 11 anos.
A promotora explicou que o indiciamento não é por extorsão mediante seqüestro porque Vilma não pediu resgate pelo seqüestro. O seqüestro foi considerado qualificado porque superou o prazo de 15 dias. Segundo a promotora, o juiz da 8ª Vara, Cesar Loyola, deverá decidir se aceita ou rejeita a denúncia neste final de semana. Vilma é considerada pela Polícia Civil do DF oficialmente como a mulher que se passou por assistente social e seqüestrou na tarde de 21 de janeiro de 1986 Osvaldo Júnior, o Pedrinho, com apenas 13 horas de vida. As suspeitas foram reforçadas depois que a mãe verdeira, Maria Auxiliadora Braule Pinto, a Lia, garantiu à polícia que Vilma é a mesma pessoa que entrou em seu quarto e raptou o filho. O crime por registro falso é porque Vilma registrou Pedrinho como seu filho legítimo. O inquérito foi encerrado ontem e entregue ao Ministério Público. As informações são do Correio Braziliense.
IDM