Brasília, 21/11/2002 (Agência Brasil - ABr) - Os programas do Ministério da Saúde "Bombeiros da Vida" e 'Trabalhando com Parteiras Tradicionais" receberam o prêmio Hélio Beltrão de Inovações na Gestão Pública Federal. A premiação é concedida pela Escola Nacional de Administração Pública, Ministério do Planejamento e Gestão e pelo Instituto Hélio Beltrão. Os programas desenvolvidos pelo Ministério da Saúde figuram entre os 20 vencedores. Ao todo, 128 experiências com inovações de gestão, implementadas por instituições da administração pública federal, disputaram o prêmio.

O projeto "Bombeiros da Vida" foi implantado em dezembro de 1991, no Distrito Federal, com o objetivo de ampliar o volume de leite humano coletado. Os profissionais fazem a coleta domiciliar do leite, orientam as mães sobre a amamentação e abastecem os Bancos de Leite Humanos. No ano passado, foram coletados 16,4 mil litros de leite, sendo 10,7 mil pelos bombeiros.

A experiência foi tão bem-sucedida que o Ministério da Saúde, em parceria com a Secretaria de Saúde do DF, ampliou ações de atendimento dos bombeiros. Eles passaram também a realizar assistência em situações de emergência relacionadas a dificuldades na amamentação. Esse trabalho recebeu do Unicef, em 1998, o título de "Bombeiro Amigo da Criança". Além do Distrito Federal, outros oito estados contam com a participação dos bombeiros na coleta de leite em domicílio: Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará, Bahia, Paraíba, Minas Gerais, Sergipe e Pernambuco.

O programa "Trabalhando com Parteiras Tradicionais", instituído em março de 2000, em parceria com a ONG Grupo Curumim Gestação e Parto, tem como objetivo melhorar a assistência ao parto domiciliar realizado por parteiras tradicionais. O projeto busca sensibilizar os gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) para que reconheçam as parteiras como parceiras e desenvolvam ações para apoiar e qualificar o trabalho delas.

O incentivo é dado por meio de capacitações, educação continuada, garantia de materiais básicos para a realização dos partos domiciliares, transporte para acesso ao pré-natal e para o atendimento nos casos de risco obstétrico. Para apoiar o trabalho educativo, foram feitos alguns produtos, entre eles, o "Livro da Parteira", o "Manual Trabalhando com Parteiras Tradicionais' e o vídeo "Parteiras Kalungas'. Até maio de 2002, foram capacitadas 634 parteiras e 328 profissionais de saúde.