Brasília, 21/11/2002 (Agência Brasil - ABr) - O vice-presidente eleito, senador José Alencar (PL), participou hoje de um almoço com a diretoria da Confederação das Associação Comerciais do Brasil (CACB) e ouviu as solicitações da entidade para o novo governo. Os diretores da CACB esperam que o vice-presidente seja um interlocutor do empresariado e ajude a promover as reformas necessárias para o crescimento do setor.
"O vice-presidente da República é um empresário, um grande empreendedor e pensa exatamente como nós empreendedores de todo o Brasil. Por isso deve ser o nosso interlocutor junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva", disse o presidente da CACB, Luiz Otávio Gomes. A confederação reúne 2.038 associações comerciais de todo o país e tem cerca de dois milhões de empresários associados.
O vice-presidente eleito lembrou que é presidente de honra da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) e que se sente "em casa ao conversar com os empresários". De acordo com José Alencar, o presidente Lula "deixou claro que quer fazer um governo ao lado da sociedade brasileira, conversando com as associações representativas da sociedade civil, organizou o pacto federativo, e vai ouvir todos os setores".
Entre as demandas apresentadas ao vice-governador eleito, está a reformulação do imposto único Simples para beneficiar também as micro e pequenas empresas do setor de serviços. O Simples reúne todos os impostos devidos em um só e pode ser utilizado por micro e pequenas empresas da indústria e comércio. "Queremos que o Simples atenda a todas as áreas, inclusive a de serviços, e que o teto do faturamento das empresas suba de R$ 1,2 milhão para R$ 1,5 milhão", disse Luiz Otávio Gomes.
Durante o almoço, os diretores da CACB cobraram também a posição do governo a respeito da reforma tributária. "É preciso desonerar as exportações, simplificar cobrança dos impostos e precisamos saber até onde vai a determinação do governo a respeito do aumento dos impostos", disse Gomes. Ele ressaltou que a confederação quer ser ouvida pelo governo nas grandes questões nacionais, mas descartou a reivindicação de um ministério. "Nós queremos ser ouvidos pelo governo nas grandes questões nacionais, nós somos o setor produtivo privado, nós contribuimos para o desenvolvimento do país e queremos ser ouvidos nos programas do governo. Agora, equipe e ministério, são de responsabilidade única do presidente da República", assinalou.