Governador de MS quer participação maior de parlamentares

21/11/2002 - 7h59

Campo Grande, 21/11/2002 (Agência Brasil - ABr) - O governador de Mato Grosso do Sul, José Orcírio Miranda dos Santos (Zeca do PT) iniciou, ontem, o primeiro de uma série de encontros com deputados da base aliada, para discutir propostas de reestruturação da máquina administrativa. Ele convidou os parlamentares a participarem mais das ações do governo. O próximo encontro deverá acontecer ainda esta semana.

Durante a reunião os deputados destacaram as perspectivas de crescimento econômico e progresso social no próximo mandato do governor, especialmente em função da vinculação ao governo Lula, o que permitirá ao estado desenvolver políticas articuladas nas áreas social e de infra-estrutura.

O deputado Londres Machado (PT) disse que a base parlamentar que vai dar sustentação política a partir da próxima legislatura é autêntica, ajudou o governador a se reeleger e, portanto, dará suporte às suas ações, tanto políticas quanto administrativas.

Londres elogiou o governador Zeca, que conseguiu aglutinar forças políticas para se reeleger com um vice do PT (Egon Krakhecke) e um senador do PT (Delcídio do Amaral Gomez), além de dobrar a bancada que, em 1998, era formada por oito parlamentares. Em 2003 o governador Zeca iniciará novo mandato com uma base parlamentar de 15 deputados.

O deputado Londres lembrou que a idéia de ampliação do arco de alianças foi do governador Zeca, que sofreu desgaste por isso, mas acabou sendo reconhecido como liderança de maturidade e visão política, e também assegurou a Zeca que o grupo de 15 deputados permanecerá unido, lembrando que essa unidade foi construída pelo governador na medida que abriu sua administração à participação dos parlamentares.

O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Ary Rigo (PDT), considerou importante a adequação da estrutura administrativa proposta pelo governador Zeca e previu também melhorias no Poder Legislativo. Segundo Rigo, o trânsito de Zeca no governo Lula vai assegurar melhores condições ao estado para o pagamento da dívida, revisão do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e Lei Kandir, garantindo ao governo condições de ampliar os valores das emendas parlamentares.