Brasília, 24 (Agência Brasil - ABr) - Oito suplementos nutricionais comercializados sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deverão ser recolhidos do mercado: Xenadrine RFA-1, DHE-25-XTRA, Melatonin, G/C 1000, Diet Fuel 90 e 60 cápsulas, Ripped Fuel 120 e 60 cápsulas da empresa Vitabrasil Comércio e Distribuição de Vitaminas Ltda, localizada em Recife (PE).
A determinação da Anvisa foi publicada hoje no Diário Oficial da União e deve ser cumprida imediatamente. Os produtos contêm hormônios e/ou substâncias medicamentosas de controle especial, como efedrina e sinefrina, proibidas em suplementos vitamínicos no país. Pela legislação brasileira, somente é permitida a venda de suplementos vitamínicos e minerais com o objetivo de nutrir, ou seja, como complementação da dieta alimentar.
No caso do Xenadrine, Diet Fuel, Ripped Fuel, a empresa promete aceleração do metabolismo, definição muscular e emagrecimento. Já o G/C 1000 é indicado para cura da artrite e artrose e o Melatonin contra a insônia.
Os suplementos são vendidos como produtos naturais (à base de plantas) sem efeitos colaterais e sem contra-indicações. É importante lembrar que toda substância medicamentosa tem contra-indicações e pode acarretar reações adversas. A irregularidade foi denunciada pela vigilância sanitária de Pernambuco que, em inspeção na Vitabrasil, encontrou os produtos em desacordo com a legislação vigente.
A empresa tem a responsabilidade de retirar do mercado os referidos suplementos e as vigilâncias sanitárias locais devem fiscalizar o cumprimento da medida. Pontos de venda que não respeitarem a determinação poderão sofrer penas desde notificação a multas que variam de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão, de acordo com a Lei nº 6.437/77.
Outra determinação da Anvisa é a interdição cautelar dos lotes 0600, 0400 e 0500 do antihipertensivo Propanolol 40 mg, fabricado pelo laboratório Sedabel Ltda, do município de Duque de Caxias (RJ). Análise do Laboratório Noel Nutels constatou problemas na cor e aspecto do comprimido do medicamento que deveria estar originalmente menos escuro. A interdição é válida por 90 dias, período em que a empresa tem direito a uma contraprova do laudo oficial.