Brasília, 18 (Agência Brasil - ABr) - O Ministro da Agricultura, Abastecimento e Pecuária, Pratini de Morais, esteve reunido, nesta manhã, com o primeiro-ministro da Tailândia, Kanthahi Suphamongkthon, discutindo contenciosos do açúcar, algodão e arroz da Organização Mundial de Comércio (OMC); posições coordenadas dos dois países com relação ao grupo de Cairns – 15 países em desenvolvimento que discutem em conjunto questões agrícolas com nações desenvolvidas -; e as questões sanitárias e fitossanitárias brasileira e tailandesa.
Segundo o secretário de Produção e Comercialização do ministério, Pedro Camargo Neto, presente ao encontro, o governo pretende coordenar a rota de subsídio interno, observando que é preciso, para tanto, ter o mesmo cronograma de redução do subsídio à exportação e à importação.
Camargo lembrou que a Tailândia é um país parceiro, com interesses comuns, porém, com pouco diálogo devido à sua posição geográfica. Além de que a globalização e a internet obrigam aproximação maior entre as duas nações. Outro ponto destacado, por Camargo Neto, foi de que o Brasil e Tailândia terão nova reunião de trabalho, prévia à próxima reunião do grupo de Cairns, em outubro, em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia.
Durante esta quinta-feira, o ministro Pratini de Morais recebeu também o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola, Carlos Heitor Beleza, que solicitou a reativação do Centro Nacional de Engenharia Agrícola, na fazenda Ipanema, no município de Iberó (SP). De acordo com Beleza, o ministro, imediatamente após o pedido, disse ao secretário de Apoio Rural e Corporativismo do ministério, Rinaldo de Barros, que tomasse as providências necessárias.
O sindicalista contou ainda que reivindicou a transformação da fazenda Ipanema em um Centro de Formação e Excelência para a Aviação Agrícola, com padronização dos seus instrutores e atualização dos pilotos, e de investimento em pesquisas de máquinas agrícolas. Heitor Beleza convidou o ministro para abrir, no próximo dia 8, o Congresso Mercosul de Aviação Agrícola, em Foz do Iguaçu.
No final da manhã, foi anunciado pelo secretário de Defesa Agropecuária, Luis Carlos de Oliveira, que o novo laboratório do Centro Panamericano de Febre Aftosa (P3PLUS, com alto nível de segurança), começará a ser construído em agosto, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. O custo total da obra será de US$1,5 milhão por parte do governo brasileiro.
"O Brasil é a sede do centro e responsável pela parte física dele. A nossa intenção é de que o laboratório atenda a toda a América Latina e sirva de referência à erradicação da febre aftosa no continente", destacou.
Oliveira observou que outro ponto discutido hoje entre o ministro e o diretor do Centro, Eduardo Melo, foi a reunião que ocorrerá pela primeira vez no país, em novembro, das Comissões Especializadas de Febre Aftosa e do Código Zoossanitário Internacional. Também foi feito, na ocasião, um convite, aceito pelo ministro, de visitar o centro no próximo mês.
