Câmbio e clima influenciaram resultado do IGP

18/07/2002 - 18h45

Rio, 18 (Agência Brasil-ABr) – O chefe do Centro de Estudos de Preços da Fundação Getúlio Vargas, Paulo Sidney de Melo Cota, explicou à Agência Brasil, no Rio, que a variação de 1,86% observada no IGP-10 de julho, a maior desde agosto de 2000, é decorrência da pressão exercida pelo câmbio e pelo clima no período, principalmente sobre os produtos agrícolas no atacado que subiram 4,78% entre os dias 11 de junho a 10 de julho. Os maiores destaques nos agrícolas são soja (14,61%), trigo (18,06%), ovos (16,04%) e feijão (23,16%). Nos produtos industriais, a maior variação foi detectada no óleo de soja refinado (15,41%). Já a alta registrada no varejo (0,73%) resulta do aumento das tarifas e preços administrados, como telefone residencial (5,31%), plano e seguro saúde (3,03%), gás de bujão (6,37%), ônibus urbano (1,96%) e eletricidade residencial (1,23%). Paulo Cota acredita que o índice já atingiu o pico e a pressão vai começar a ceder.