Brasília, 11 (Agência Brasil - ABr/CNN) - Na tentativa de superar as duras críticas de seus aliados mais próximos, os Estados Unidos reduziram as exigências de imunidade perante o Tribunal Penal Internacional Permanente, para integrantes norte-americanos de missões de manutenção da paz. A nova proposta dos Estados Unidos, que será analisada pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, daria um ano de imunidade - com direito a renovação – nos casos de investigação ou de julgamento de militares ou funcionários civis das forças de paz. Anteriormente, Washington exigia isenção total. As informações são da CNN.
Os membros do Conselho de Segurança, que tentam contornar a ameaça norte-americana de pôr fim à força de paz na Bósnia caso não receba imunidade, saudaram a proposta do Governo Bush, mas disseram que ela continua violando o texto e o espírito do tratado de Roma, assinado em 1998 por 139 países e ratificado por 76, desde então. O tratado criou a Corte Internacional.
Mas os diplomatas demonstraram certo alívio em virtude da mudança de atitude de Washington. "Saudamos o enfoque construtivo dos Estados Unidos de pelo menos trabalhar junto com os demais membros", afirmou o embaixador das Ilhas Maurício, Jagdish Koonjul. "Isso é positivo se comparado com a semana passada, e a anterior, quando nem sequer queriam falar sobre a corte. Acredito que estamos avançando", acrescentou.
O embaixador norte-americano John Negroponte apresentou a alternativa ao final de um dia de reuniões, em que os Estados Unidos enfrentaram duras críticas de quase 40 países por reivindicar imunidade para seus cidadãos no fórum do tribunal.
O Tribunal Penal Internacional Permanente entrou em vigor no dia 1° de julho.