Brasília, 11 (Agência Brasil - ABr/CNN) - A organização não-governamental de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional condenou hoje os ataques suicidas de palestinos contra civis israelenses e exortou a Autoridade Palestina a processar os responsáveis pelo planejamento dessas ações terroristas.

Em relatórios anteriores, a ONG também havia acusado as Forças de Defesa de Israel de violar os direitos humanos em suas operações contra palestinos que lutam contra a ocupação. As informações são da CNN.

O governo israelense rejeitou esses relatórios, acusando a Anistia Internacional de ter uma agenda anti-Israel e de não criticar com a mesma intensidade os atentados suicidas. Em seu novo relatório, a Anistia declarou: "Nós exortamos a Autoridade Palestina a deter e levar a julgamento os que ordenam, planejam ou realizam ataques contra civis".

A organização, com sede em Londres, disse que esses atentados violam "os princípios fundamentais de humanidade, que são refletidos no direito humanitário internacional". "Da maneira como estão sendo cometidos em Israel e nos Territórios Ocupados, eles também se equivalem a crimes contra a Humanidade".

Ainda no relatório, a Anistia Internacional disse que 350 civis israelenses foram mortos em ataques realizados por grupos palestinos, nacionalistas e islâmicos, nos últimos 21 meses. Sessenta das vítimas fatais eram crianças. Pelo menos 1.438 palestinos e 549 israelenses foram mortos desde o início do atual conflito, em 28 de setembro de 2000.

A Anistia Internacional também classificou de ilegais os assentamentos judaicos nos territórios, mas acrescentou que isso não significa que os colonos devam ser transformados em alvos de ataques. "Colonos, assim como quaisquer outros civis, não podem ser atacados e só perdem sua proteção contra ataques se e quando participam diretamente de hostilidades", acrescentou a Anistia.