Autor do ataque a tiros no aeroporto de Los Angeles é egípcio

05/07/2002 - 10h46

Brasília, 5 (Agência Brasil - ABr/CNN) - Autoridades norte-americanas identificaram o homem que abriu fogo ontem (4) em um dos terminais do Aeroporto Internacional de Los Angeles, causando a morte de duas pessoas, como um egípcio que imigrou para os Estados Unidos em 1992. O pistoleiro, Hesham Mohamed Hadayet, de 41 anos, foi morto por um segurança da companhia aérea israelense El Al após disparar contra o balcão de venda de passagens da empresa. As informações são da CNN.

Tanto o FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, como a Polícia do estado da Califórnia salientaram que ainda é muito cedo para afirmar se o ataque teve cunho terrorista. "Não há indícios de qualquer ligação terrorista neste momento, mas não podemos descartar nada enquanto não apurarmos mais", observou Matt McLaughlin, um porta voz do FBI. O prefeito de Los Angeles, James Hahn, acrescentou que o incidente "parece ter sido um fato isolado".

Entretanto, autoridades israelenses viram o ataque de outra forma. "Embora não haja uma evidência clara de que este pistoleiro esteja ligado a uma organização terrorista, a presunção mais lógica quando alguém abre fogo contra o balcão da El Al em um aeroporto internacional é de ataque terrorista", declarou o ministro dos Transportes de Israel, Ephraim Sneh. "Fomos alertados de que organizações terroristas tentarão atacar alvos israelenses e judaicos no mundo inteiro. Então, não há qualquer motivo para pensarmos que tenha ocorrido algo que não um ataque terrorista", concluiu.

Hadayet morava na cidade californiana de Irvine há dois anos; não era cidadão norte-americano, mas conseguiu o "green card", o que lhe permitia trabalhar no país. Sua identidade foi obtida através de suas impressões digitais e de um registro no Departamento de Veículos Motores, que havia concedido a Hadayet licença para dirigir limusines, segundo o FBI.

"Ele estava armado com uma pistola calibre 45, a qual usou para fazer os disparos, e também com uma nove milímetros", informou o porta-voz do FBI Ron Iden. "Também portava o que foi descrito como uma faca de 15 polegadas".

Após fazer os disparos, Hadayet foi confrontado por dois seguranças da El Al e esfaqueou um deles, que ainda conseguiu reagir e matá-lo a tiros. As duas vítimas fatais baleadas pelo egípcio foram identificadas como uma funcionária da El Al – uma israelense de 20 anos – e um importador de diamantes, Yakov Aminov, de 46 anos.