Sardenberg: atraso tecnológico será vencido com competitividade no mercado internacional

04/07/2002 - 14h08

Rio, 4 (Agência Brasil - ABr) - O ministro da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg, disse hoje que para superar o déficit em pesquisa tecnológica brasileira, governo, empresários e universidades precisam estabelecer parcerias e universalizar esforços em torno de projetos de inovação. Segundo ele, "o atraso tecnológico só será vencido com a promoção da competitividade do produto brasileiro no mercado internacional, o que além de aumentar as exportações vai melhorar a oferta de emprego no país".

Ao participar, no Rio, da abertura do Primeiro Encontro Nacional da Inovação Tecnológica para Exportação e Competitividade (Enitec), o ministro destacou o empenho do governo na aprovação pelo Congresso Nacional, na última terça-feira, da suplementação orçamentária de R$ 182 milhões para mais quatro fundos setoriais (saúde, aeronáutica, biotecnologia e agronegócios), totalizando, agora 14 fundos encarregados de colocar em prática a política de Ciência e Tecnologia do governo federal. De acordo com Sardenberg, a operacionalização destes fundos vai fazer com que o Brasil chegue, nos próximos 10 anos a 2,1% ou 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em investimentos para a produção científica.

Dados da Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica (Protec), mostram que o Brasil investe hoje apenas 1,2% do PIB em produção científica, enquanto que países desenvolvidos investem até 2,7% de seus PIBs. Ainda segundo a Protec, o Brasil é responsável, hoje, por 1,4% da produção científica mundial, enquanto que há 20 anos contribuía apenas com 0,2%. A Protec foi criada em fevereiro deste ano por 15 entidades empresariais que representam 75% do PIB brasileiro, e tem o objetivo de encontrar caminhos para superar o atraso tecnológico, promovendo a competitividade do produto brasileiro no mercado internacional.

O I Enitec reúne empresários de vários setores e representantes do governo federal e termina amanhã (5).