Maceió, 4 (Agência Brasil - ABr) - Entidades que cuidam das questões dos menores, em Alagoas, realizaram um levantamento com as crianças que se encontram nas ruas, descobriram que a grande maioria faz parte dos programas como o Bolsa Escola. Com os dados, a Delegacia Regional do Trabalho ampliou a pesquisa para avaliar se o mesmo ocorre com o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI).
O delegado Tito Uchôa informou que o problema está na falta de fiscalização por parte dos órgãos do Governo e, ainda, no fato de o Bolsa-Escola dar educação e não complementar com atividades extra-escola. "Estamos vendo centenas de crianças todos os dias nos sinais, nas ruas e até dentro dos ônibus. Além do êxodo rural diário, existem os pais que exploram os filhos. Mas se o Bolsa-Escola fizesse, como o PETI, uma complementação de horáro, certamente as crianças estariam nas escolas e não nas ruas", disse o delegado, acrescentando que muitas delas denunciaram que são obrigadas a pedir nas ruas mesmo com os pais recebendo o dinheiro do governo. Segundo Uchôa, "sem fiscalização e um trabalho junto aos pais o problema vai aumentar".
Os dados coletados mostram que a exploração infantil continua, apesar da ajuda do governo federal, que repassa os recursos para os estados e municípios.