Governo brasileiro quer fortalecer Mercosul

01/07/2002 - 6h52

Brasília, 1 (Agência Brasil - ABr) - O Brasil substituirá a Argentina na presidência "pro tempore" do Mercado Comum do Sul (Mercosul), de julho a dezembro deste ano, período que coincide com os últimos seis meses de mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso . A transição se dará na próxima sexta-feira (5), em Buenos Aires, durante a reunião de cúpula dos países que integram o bloco - Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.

Segundo o subsecretário geral de Assuntos de Integração Comercial e Econômica do Itamaraty, Clodoaldo Hugheney "o Brasil pode dar uma contribuição na presidência pro tempore para equilibrar e fortalecer o Mercosul, para deixar o bloco em melhores condições nos próximos seis meses, superando algumas dificuldades. Afinal, o Brasil é a maior economia do bloco e é a economia que está enfrentando menos problemas. Acho que podemos dar uma contribuição substancial na solução dos problemas que envolvem todos os países membros", disse Hugheney.

Segundo o diplomata, o presidente Fernando Henrique e o ministro da Relações Exteriores, Celso Lafer, "têm um compromisso muito forte" com a idéia de integração e, portanto, querem "deixar um legado" para o próximo governo de como inserir o bloco no caminho da integração com outros blocos econômicos, como a União Européia (UE), Comunidade Andina, Nafta (Tratado de Livre Comércio da América do Norte) e as associações comerciais dos países asiáticos.
(Deigma Turazi)