Brasília, 1º (Agência Brasil - ABr) - A Associação Nacional dos Distribuidores de Defensivos Agrícolas (Andav), sediada em Campinas (SP), uniu-se ao Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag) na campanha nacional contra o comércio ilegal de agrotóxicos, que teve início em maio último e segue até dezembro nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goías, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
O acordo foi anunciado na última semana, na sede do Sindag, e prevê a assinatura da Andav nas peças de comunicação, além da mobilização dos filiados à Associação dos Distribuidores – cerca de 8 mil empresas de todo o Brasil – para denunciar as ações de pirataria, falsificação e contrabando de agrotóxicos, que vêm crescendo no Brasil, segundo as duas entidades.
A campanha, direcionada principalmente a agricultores e distribuidores de agrotóxicos, tem como objetivo conscientizar esses públicos de que a utilização de herbicidas contrabandeados ou pirateados é crime. Sengundo a associação, a economia obtida pelo usuário de produtos ilegais representa, no máximo, até 2% do custo total de produção – e expõe o usuário a riscos diversos, entre os quais interdição de lavouras, contaminação de alimentos e danos ao meio ambiente.
O comércio ilegal de agrotóxicos deve inibir movimentação de valores próximos a US$ 20 milhões este ano, sobretudo no tocante a tributos fiscais e encargos, além de receitas das empresas. Os 'piratas' e contrabandistas se valem de marcas comerciais de reconhecida qualidade - registradas nos Ministérios da Saúde, Agricultura e no Ibama –, para diversos cultivos agrícolas, e as falsificam, com o objetivo de vendê-las a preços inferiores.
Para os produtos ilegais não existe assistência técnica, nem pós-venda. Na maior parte dos casos, quem aplica esses produtos sabe o que está fazendo, mas muita gente está sendo enganada – e pode entrar na mira tanto da Polícia Federal como da Receita Federal.
Desde o início da campanha, o Sindag colocou à disposição da população um serviço Disque-Denúncia (0800 940 7030), para receber indicações de pirataria, contrabando e falsificação de agrotóxicos. As informações obtidas são imediatamente encaminhadas à Polícia Federal, sem a identificação dos denunciantes.