Suassuna diz que não há tempo hábil para reverter decisão do TSE

28/02/2002 - 18h04

Brasília, 28 (Agência Brasil - ABr) - O ministro da Integração Nacional, Ney Suassuna, afirmou hoje que não haverá tempo hábil para que os partidos consigam modificar a determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que vinculou as alianças partidárias nos âmbitos federal e estadual. "Sobram aí outros caminhos menos seguros e estamos analisando vantagens e desvantagens de cada caminho destes", disse Suassuna. Para o ministro, na próxima semana o quadro político estará mais claro. "Todos os partidos estão em tratativas, para saber o que é que realmente acontece com a reforma política."

Para entender melhor a conjuntura política, Ney Suassuna conta que aproveitou a conversa que manteve quarta-feira à noite em seu apartamento com as principais lideranças do PMDB. Participaram da reunião todos os senadores do partido, os líderes na Câmara e no Senado e o presidente do Congresso, Ramez Tebet. "Passamos da meia noite avaliando o cenário, verificando a situação estado por estado, porque um partido grandioso como o PMDB, com presença em todos os estados da federação, precisa analisar a situação estado por estado e também ver a situação nacional."

No café da manhã de quarta-feira, o Ministro Ney Suassuna e o deputado Efraim de Morais conversaram sobre o futuro. Ambos trocaram informações, analisando o cenário político e discutiram suas trajetórias. Ficou combinado que o ministro Ney Suassuna e o deputado Efraim de Moraes seguirão cada um o seu próprio caminho, mantendo suas respectivas candidaturas. Mas sempre avaliando a conjuntura política. "Fizemos uma interação. Cada um segue o seu caminho, mas manteremos contato para análise conjunta, uma vez que os nossos objetivos são comuns e que com toda a certeza nós estaremos nos apoiando mutuamente", disse Ney Suassuna.

O ministro disse que a manutenção de um canal de comunicação entre ele e Efraim de Morais é muito importante. "Como eu sempre tenho dito ao PFL, nada nos separa e tudo nos une."

Ney Suassuna afirmou que concorda com a tese de que a vinculação das alianças partidárias poderá enriquecer o cenário político brasileiro. Mas discorda da oportunidade da medida. "Você não pode ser amigo do cidadão em Guarabira e ser inimigo dele em Sapé. É preciso que a gente entenda que a tese é boa, só que não é o momento."