São Paulo, 28 (Agência Brasil - ABr) - O ministro do Desenvolvimento Agrário, Raul Jungmann, afirmou que a obrigação de se manter nos estados as mesmas coligações feitas para a eleição presidencial fortalece a candidatura própria do PMDB à Presidência da República. Mas reconhece que a modificação em pleno ano eleitoral é um atropelo.
Jungmann acrescentou que a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aumenta a soberania e o controle do eleitor, beneficiando a política brasileira, porque acaba com o jogo de faz de conta. Segundo ele, a grande frustração do eleitor é votar em um candidato que, depois de eleito, passa a representar outros interesses.
O ministro acrescentou que a regra anterior tornava a disputa opaca, porque os acordos eram feitos e não seguiam a linha pragmática do partido. O ministro é pré-candidato à Presidência da República pelo PMDB, além do governador mineiro Itama Franco e do senador Pedro Simon.
Jungmann e o ministro da Cultura, Francisco Weffort, participaram na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) do lançamento do compromisso empresarial "ações afirmativas - o desafio na construção da igualdade efetiva". Eles apóiam a criação de um selo para premiar empresas que contribuem para a diminuir a discriminação de mulheres e negros no mercado de trabalho. O selo funcionaria como um certificado de qualidade.